terça-feira, 19 de abril de 2011

Empresas já reduzem exigências na hora de contratar

De acordo com pesquisa da Fundação Dom Cabral, 92% das empresas estão com dificuldade para achar profissionais
Agência Estado
São Paulo - As posições começam a se inverter. Se no passado era o trabalhador que corria atrás das empresas para conseguir um bom emprego, hoje são as empresas que fazem qualquer negócio para contratar ou manter um funcionário. De acordo com pesquisa feita pela Fundação Dom Cabral com 130 companhias, responsáveis por 22% do Produto Interno Bruto (PIB), 92% das empresas estão com dificuldade para contratar profissionais.

Nesse cenário, vale tudo para preencher uma vaga, desde importar mão de obra de países vizinhos e fazer anúncios de emprego durante a missa até designar profissionais para promover a imagem do grupo entre candidatos. Foi-se o tempo também que para encontrar um bom emprego era preciso ter pós-graduação, mestrado e doutorado, além de experiência na área. Hoje muitas companhias já abrem mão dessas exigências.

Dados da pesquisa da Dom Cabral mostram que 54% das companhias reduziram os requisitos na contratação de pessoal para a área técnica e operacional. Nos cargos estratégicos, 28% das empresas também diminuíram as exigências, como pós-graduação, fluência em idiomas e experiência. A solução tem sido contratar o profissional sem experiência, treiná-lo e capacitá-lo com cursos moldados à necessidade da companhia.

"O poder mudou de lado", resume o professor da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende, responsável pela pesquisa. Na avaliação dele, hoje quem está dando as cartas no mercado são os trabalhadores, e não mais as empresas. "A situação é resultado de uma série de armadilhas criadas pela própria sociedade. Primeiro desvalorizou-se a mão de obra técnica. Depois inundamos o mercado com profissionais diplomados e baixa qualidade." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

2 comentários:

  1. Ser um profissional qualificado vai além de preparo acadêmico, na realidade ter o perfil esperado é necessário, ter um pouco de convivência com o ramo mercadológico e está atualizado diante as novas tendências do mercado. Telma

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  2. Será que isso pode significar também melhores salários? Estou há alguns meses tentando me recolocar, mas fico apavorada com a possibilidade de ganhar 1/3 do meu último salário. Sou jornalista e vejo que a maior parte das vagas oferecem salários entre 1 e 2 mil reais. Até técnicos de nível médio de escolaridade ganham mais que isso...

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